2020, um ano de mudanças, conquistas, descobertas...

 


Que ano maluco esse, não? O mundo inteiro agitado até o final de fevereiro e, de repente, PUM! A vida entrou em modo "Pause". Aquela canção do Raul Seixas, "O Dia Em Que a Terra Parou", parece fazer mais sentido do que nunca, né?
 
 
Para muita gente, esse foi um péssimo ano. Não preciso entrar em detalhes aqui, mas o que se viu, num consenso geral, foi medo, tristeza, dor... Houve quem pensasse que o Apocalipse estava próximo. Houve quem tirou a própria vida por causa disso. Houve quem apenas morreu de tédio por não poder sair por aí. Mas também houve quem aproveitou esse ano para se redescobrir - e fui um desses.
Como qualquer pessoa no mundo, tive meus altos e baixos, mas, em termos gerais, esse foi um dos anos mais positivos para mim até o momento. Não falo apenas de conquistas materiais - aliás, isso é apenas um pequeno ponto no meio de uma ilustração muito maior. Falo principalmente pelo lado pessoal.
Houve um período de profunda tristeza pelo falecimento do meu pai em junho - ali, até então me considerando "duro na queda", com os sentimentos guardados num lugar há muito esquecido, vivendo de uma forma quase automática, não consegui me conter. Quando meu pai partiu deste mundo rumo às estrelas, me vi vulnerável, propenso a todo e qualquer tipo de emoção negativa - foi um tempo bem difícil. Mas, por outro lado, isso me fez acordar para algo bem maior: a responsabilidade. Não tendo mais meu pai por perto, a não ser em espírito e nos sonhos, tive que tomar as rédeas de muita coisa - e assim me redescobri como homem. Posso dizer que fui uma pessoa antes do dia 6 de junho, e me tornei outra pessoa desde então.
Tive certos momentos de dúvida também - mas quem não tem? Não existem certezas absolutas. Há não muito tempo atrás, eu duvidava de mim mesmo, me considerando incapaz de conquistas maiores, fossem materiais ou não. Eu mais observava a vida do que vivia. Esse ano, não digo que tudo mudou, mas muita coisa sim.
Minha maior conquista material do ano foi ter herdado o carro do meu pai - por livre e espontânea vontade do próprio, cuja vida estava se encaminhando ao final. Foi um ato de amor e confiança de pai para filho (me deu um nó na garganta agora...). Sabendo das minhas dificuldades, e sendo que nunca tive renda fixa, nem garantias de qualquer espécie, ele me escolheu como herdeiro do carro. Mas, num primeiro momento, tive dúvidas, pois, afinal, será que eu teria condições para cuidar do carro? Ou seja: eu duvidava de mim mesmo àquela hora. Mas a dúvida se dissipou a partir do momento em que tomei uma atitude quanto ao carro pela primeira vez, ao levá-lo à concessionária para manutenção. Descobri que sim, posso muito bem cuidar do carro, assim como meu pai cuidava.
Minha maior conquista imaterial foi pelo lado profissional. Para quem não sabe, trabalho como músico há quase vinte anos, e esse ano, que para muitos colegas foi de perdas irreparáveis, justamente por falta de trabalho, para mim foi de algo inédito: conseguir ter meu nome nas plataformas digitais. É, parece algo super simples, se for olhar do ponto de vista do público em geral, mas se vocês soubessem o quão difícil é conseguir essa façanha... Ainda mais quando se trata de trabalho feito em casa, com os recursos que se tem disponíveis, de maneira quase artesanal, "do-it-yourself", sem ajuda de empresário, nem produtora, nem patrocinadores, nem nada. Mas consegui, e já estou fazendo meu nome lá...
Fora isso, tive diversas outras conquistas, umas maiores, outras menores, mas todas contam. O ano ainda não acabou, e ainda há mais o que conquistar até o dia 31...
Enfim, tive um ano super positivo, de muitas mudanças, conquistas e, principalmente, da minha própria redescoberta. Tudo indica que 2021 será o melhor ano da minha vida - em todos os aspectos. Aguardarei pacientemente... E farei de tudo para ter um ano promissor.

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