Existem aquelas pessoas que buscam loucamente por companhia a qualquer custo. Que fazem qualquer coisa por alguém ao lado, mesmo que a recíproca não seja verdadeira.
Também existem aquelas outras pessoas que preferem viver sozinhas e focarem mais em si mesmas e em suas carreiras. O que não quer dizer que não estejam abertas ao amor.
E existe eu.
Existe esse homem aqui, que passou por diversas experiências anteriores com relacionamentos e se decepcionou com todas. Que a cada tentativa ficou mais e mais receoso, com medo de incompatibilidades e de jogar a própria vida fora. Que, numa dessas, ficou tão perdido a ponto de não saber mais nem o próprio nome. E que hoje não apenas não busca mais ninguém, como também refuta toda e qualquer investida, não deixando margem para maiores aproximações. Sim, meu coração foi lacrado num cofre muito, muito abaixo do nível do mar, e a chave do mesmo foi destruída. Aparentemente estou muito bem na minha solidão, obrigado.
O que não quer dizer, em hipótese alguma, que isso não seja irreversível. Que não haja nenhum fio de esperança. Que não exista aquela pessoa especial a ponto de conseguir desenterrar o cofre, mandar fazer uma nova chave, abrir o cadeado e, enfim, ter meu coração em mãos.
Mas há de ser assim: preciso vê-la e perceber: "É ELA". Ela também precisa me ver e perceber: "É ELE". Quem sabe um dia eu abandone essa tão longeva solidão e abrace uma vida a dois? Só o tempo dirá.
Hoje estou muito bem sozinho. Tenho minha vida, minha carreira, minhas coisas, meu canto. Será que ficarei melhor se "aquela especial" surgir em algum momento? Não sei responder. Não tenho aqui uma bola de cristal que me diga como será meu futuro. Só sei que, não é porque hoje vivo bem assim, solitário, que eu vá ficar assim para sempre.
Os quarenta se aproximam. A juventude se vai. Mas o amor... Ah, esse não tem tempo certo, nem idade. Só preciso decifrá-lo...
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